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Eu sou uma pessoa romantica ao extremo, negativista e alto astral... Voçê pode pensar que ser negativista e alto astral são idéias opostas, certo? Mas eu sou assim... Só me conhcendo pra ter certeza disso!

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segunda-feira, 11 de julho de 2011

AMORES QUE VEM E QUE PASSAM II

                                                             

Camila sentia muita falta de Éder, sentia o peito apertar e lhe tirar o ar dos pulmões. Isso porque havia apenas uma hora que eles haviam se separado. Por sentir tanta falta dele, sentia que já era passada a hora de reencontrá-lo; mesmo que de longe, mesmo que sem poder matar sua vontade de se sentir acolhida em seus braços. Camila precisava desse momento.
Encontrara dia e hora pra revê-lo, e estava toda animada. Era saudade demais. E junto a esse dia, veio com ele a triste notícia que Éder iria se casar... Havia reatado com a ex e decidiram se casar.
Camila sentiu um misto de dor e raiva. Tinha mais de um ano que eles se encontravam e se amavam sem medidas. Mas, no entanto, sabia que ele tinha no passado essa ex que ele amara muito e que deixara marcas profundas nele, e principalmente sabia do risco que corria ao se envolver com Eder. Um risco que ela gostava de correr e não sabia até que ponto esse risco era apenas um risco... Ou se no meio do caminho havia virado amor sem limites. Quando enfim teve oportunidade de
Revê-lo, Eder passou por Camila fingindo não a ver. E pra ela isso foi como um tiro direto no peito. Com o menosprezo, veio a revolta, o rancor e o desejo de vingança...
Planejou, armou, arquitetou, seduziu, e um mês depois, retorna pela porta da frente na casa de Eder como sua cunhada... e Camila pode ver nos olhos de Eder sua reprovação pelo que estava acontecendo. E ela adorava essa sensação de deixá-lo com ódio dela.
Por ser bem extrovertida, logo conquistou toda sua nova família e em dado momento, chegara a ser o centro das atenções; exceto de Eder, que ficara muito incomodado com sua presença oficial em sua casa.
Já era noite, quando num mero descuido, Camila sentiu seu corpo ser puxado para um como da casa, e ser jogada contra a parede. Era ele, pensou... e sentiu uma enorme excitação tomar seu corpo. Estava escuro. E um beijo invadiu seu ser num silencio profundo e encantador...
Camila sentia um fogo subir-lhe as pernas e derreter seu corpo. Não resistiu ao desejo que lhe consumiu. Deixou-se levar pelo momento, pela doçura daqueles lábios que a envolvera com desejo e ternura. Estava entregue, despida de armas, e quando finalmente foram um, percebeu que estava rendida de corpo e alma a uma pessoa que nem sabia se era mesmo quem ela queria que fosse. O momento não lhe permitia raciocinar direito.
Depois de ir ao céu com os pés fincados ao chão, levantou-se temerosa e ascendeu a luz, era hora de revelar segredos..
Era Raul... Seu namorado, com o qual nunca havia se relacionado antes... E ele sorrir um sorriso que nunca mais saiu da mente de Camila...
Eder estava enfim, apagado da sua vida... Enquanto ela permaneceria nos pensamentos de Eder para sempre...

                                         ALESSANDRA CARVALHO. 11/07/2011

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Imaginação parte I

Essa história é baseada em um dia que cheguei na cidade da minha mãe muito estressada.
Como havia acabado de chegar, não podia deixar transparecer tanta irritação, ao deitar me peguei divagando na várias possibilidades de um desenrolar diferente pra esse dia...

E será narrado em primeira pessoa...


Quando desembarquei na rodoviária, estava cansada, e muito chateada com meu casamento e minha recente vida de casada, precisava desabafar, conversar, rir um pouco. Liguei pra uma amiga e marquei num restaurante que costumávamos freqüentar antes de eu me casar. Saí da rodoviária com mala e tudo e fui pro tal lugar, ao chegar, pedi que guardassem minha mala e mandei que reservassem um vinho bem gelado até minha amiga chegar... Procurei uma mesa que estivesse afastada da multidão e me sentei. Pedi um suco e me desliguei do local onde estava perdida nos meus problemas, quando um garçom se aproximou com uma garrafa de um bom vinho e duas taças, oferecendo como cortesia de um homem que estava na mesa à minha frente. Só então percebeu que se desligara do mundo a sua volta, o homem sorriu, e eu fiquei muito desconcertada. E mesmo estando muito sem graça, resolvi agradecer a gentileza; levantei, peguei o vinho e as duas taças e fui à mesa dele. Agradeci, mas pedi que me acompanhasse porque é feio deixar uma dama tomar vinho sozinha ele sorriu novamente, então percebi que ele era lindo. Apresentei-me e começamos a conversar. Seu nome era Oscar, 35 anos, morando há dois na cidade, além de alto, e bonito, tinha em sua boca os dentes mais lindos que eu já havia visto em minha vida! Depois de dez minutos eu nem lembrava mais dos meus problemas e ria como há muito tempo não fazia. Não pensei em agradar, me fazer ou parecer inteligente, apenas era eu.
Minha amiga chegou e continuamos a conversar até quase sermos expulsos do local. Era tarde, ele me levou em casa. Trocamos telefones, MSN, email...
No outro dia levantei cansada, mas meu humor era outro, todo o estresse, cansaço e irritação ficaram nas várias taças de vinho tomadas durante a conversa... Todo mundo notava que eu estava de fato feliz.
Durante o dia, por varias vezes meu celular tocou, mas não atendi. Era Oscar. Eu não sabia o que dizer.
A noite havia marcado o dia das meninas com minha amiga e minha irmã em uma chopperia, e lá estava muito bom, muitas pessoas bonitas e outras nem tanto assim. Meu telefone toca e era o Oscar, num impulso, atendi, e ele disse:
-Você está linda hoje !
Eu queria morrer de vergonha, mas continuei a conversa até ele revelar que estava numa mesa bem mais atrás da minha. Virei-me e olhei, ele estava lá... Eu sorri e os convidei a vir se juntar as meninas... Desta vez, ele não estava só, trazia consigo um amigo muito cheiroso e de excelente astral. Seu nome era Theodoro, nosso mais novo amigo Théo. Que me confidenciou que Oscar o fizera percorrer com ele quase todos os bares, lanchonetes e restaurantes da cidade em busca ele não sabia de que, mas que na hora que ele me ligou ele entendeu o por que! Mais uma vez fiquei envergonhada. O resto da noite foi de muito papo e sorrisos. No dia seguinte eles iam a uma fazenda terminar a verificação de um projeto e nos convidou a ir lá conhecer o local que diziam ser dos mais lindos. Era um domingo, e o dia estava lindo. A fazenda era um lugar espetacular, com várias arvores de sombra, espaço com jogos, piscinas, quadras... E uma cachoeira de encher os olhos. Nos divertimos durante todo o dia. Na hora da soneca geral, eu sai e fui na cachoeira pra ela trazer e levar embora todos os sentimentos que eu trazia no peito. Pois água me acalma profundamente, me traz paz de espírito. Sentei a beira do rio e esqueci novamente do mundo a minha volta. Ao voltar a mim, percebi que não estava só. Oscar tinha os olhos fixos em mim, um olhar profundo e constrangedor. Eu sorri e perguntei se ele estava curtindo a vista, pra descontrair o ambiente... Penso que ele estava pra explodir na fissura de falar comigo, pois mal me calei ele foi falando que tinha se apaixonado por mim, apaixonado não, porque a paixão passa, e o que ele estava sentindo ia muito além de uma paixão ou desejo físico, que jamais na vida havia sentido por mulher nenhuma as coisas que ele sentiu quando me viu, e quando sorri pra ele na noite anterior, ele teve a certeza de que era eu a pessoa que ele esperou durante toda a vida. Eu senti meu peito parar, e fiquei sem ação nenhuma, mas como queria mostrar maturidade, expliquei que não tinha razão de ser, pois eu era casada há pouco tempo, e gostava do meu marido. Ele disse então que sabia que não tinha direito de cobrar reciprocidade da minha parte, mas que sentia necessidade de falar, se a busca dele havia acabado, e em mim, eu tinha o direito de saber. Eu ouvia tudo aquilo sem acreditar, mas estava adorando tudo isso, não tinha como não se envolver, Oscar era um homem muito atraente e sabia disso. Então nos beijamos. Não só uma, varias vezes, e eu vivi aquele momento sem culpa ou medo... meu casamento terminava ali.   

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

...ELES...
Já tinham quase quatro meses que Luciana não via Jonas, e ela sentia muita falta dele; e por mais que ela quisesse, não iria atrás dele nunca. Não fora dela a decisão de permanecerem longe por tanto tempo.
Jonas agora era noivo. Embora ele houvesse prometido que nunca sairia da vida de Luciana, havia desaparecido o tempo, e deixado apenas as marcas dos teus beijos gravada nos lábios dela, e ela revivia-os em pensamento a todo o momento.
Luciana sabia que se ligasse, teria tudo de volta, mas por um curto espaço de tempo, tão pouco que ela acabava por desistir sempre. Não era assim que ela queria. Ela queria tudo com ele, a vida a dois, a convivência, a chatura, absolutamente tudo, e sabia que Jonas não era de assumir o que sentia por ela, nunca! Mesmo que tudo entre ele fluísse como em filme muito romântico e gostoso de assistir.
Sem saber o feitiço que os unia e sem a menor cerimônia, Luciana se deixou levar por tudo que Jonas a fazia sentir no corpo e na alma... Respeitando uma vontade do seu corpo e principalmente do seu coração, correu atrás de Jonas pois não entendia o que sentia, mas a sensação a fazia se sentir bem, e era maravilhoso se sentir assim. Jonas a recebeu surpreso e solene, cheio daquilo que não era ele. Frio, distante, totalmente sem identidade. Não era nem de longe o cara que ela conhecia. Isso a fez se sentir meio tola, meio boba e desnecessária.
Ao voltar pra casa não sabia de verdade o que sentia, nem se o homem que viu era real. Pois fugia completamente do homem que a completava de corpo e alma em raros e maravilhosos momentos.
Depois desse triste evento, Luciana decidiu que era hora de não pensar mais em viver aquele amor, que nunca fora confesso, mas vivido intensamente.
Jonas nunca falava de seus sentimentos, das coisas que ia na alma, mas Luciana sabia, ela sentia tudo que passava na cabeça e no peito de Jonas. Ele demonstrava o que sentia sem palavras, com atos. De vez em quando Luciana o forçava a falar que sentia falta dela ou que a desejava muito, mas era dito sem olhar nos olhos, e ela achava isso muito sexy...
Quinze dias se passaram até que Luciana não pensasse a todo o momento em Jonas, trabalhava normalmente, e se dedicara a estudar. Para esquecer. Dado dia, Luciana chega a seu trabalho e encontra em cima da mesa um lindo e singelo buquê de rosas brancas com cartão que dizia: Estou encantado por você, pela sua garra e beleza!
Seu coração encheu-se da mais vaga esperança. Ao ler aquela simples frase. Aquela era a chance a ser agarrada para que ela conseguisse arrancar Jonas de vez do seu peito.
A cada dia e em diversos momentos, Luciana encontrava em sua mesa algum presente sempre acompanhado de um bilhete. E ela estava ficando cada dia mais envolvida com um anônimo... ela gostava da sensação de ser amada. Apenas ela recebia afeto nessa relação. Dez dias depois, apenas um bilhete...
Amanhã a gente se vê.
Te pego as 20:00 hs na sua casa
Jantar.
OBS: Você está linda hoje!!!!!!
Por um breve momento Luciana sentiu medo daquilo tudo... Além de saber todos os seus gostos, ainda sabia seu endereço... Com medo, mas acima disso tudo, com muita vontade, perdeu o medo e se arrumou. Às vinte horas em ponto pára um carro em frente a sua casa. Buzina, sem pensar duas vezes, para não desistir, Luciana saiu de casa e entrou no carro cheia de coisas pra falar e congelada! Virou-se devagar para o motorista...
Era Jonas...
Um misto de alegria e dor invadiu seu peito nesse momento. Junto com o sentimento, vieram as lágrimas e as perguntas...
_Com que direito você fez isso?
-Acha engraçado fazer brinquedo das pessoas que te querem bem?
-Quem te ajudou nisso Jonas?
-Por quê? E não consegui falar mais nada, apenas chorava.
Jonas em silêncio, ligou o carro e saiu...
Longe Dalí, ele começou a falar enquanto ela ainda chorava...
Não, você não é nem nunca foi um brinquedo.
Não, eu não tive ajuda, uma vez que sei tudo sobre você.
E fiz tudo isso pra não deixar escapar mais uma vez o amor da minha vida! Se é você quem eu amo, é com você que devo ficar!
Perdoa, tentei me enganar aquele dia dizer a mim mesmo que não era você quem eu amava, mas era você quem eu tinha no pensamento a todo o momento... Perdoa?
Luciana ainda sem acreditar muito no que ouvia e no momento que esperou toda vida foi tomada por um desejo irresistível....
Eles começaram há muito tempo essa história de amor, mas somente agora resolveram vivê-la com tudo que ela pode oferecer e sem medo de serem felizes por um dia, uma semana, um mês, um ano, ou para o resto da vida...

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

DIVAGOS

Passei o dia a olhar pro telefone na esperança tola que me ligasse; E sei que não o faria, por mais que seu coração implorasse isso a você. Venha, entre, pule minha janela, sacia minha sede, mata minha vontade de amar você!
Não me importo com as horas, não me importo com o mundo. Me ligue, diga vem, e eu nem penso no resto... Chego onde estiver em um segundo...
Quero sentir o seu corpo, preciso desse seu cheiro que me alucina, cola seu beijo no meu, diz que sou o que você mais quis, pois eu sei disso, eu sinto isso.
Você é o oposto de tudo que desejei par mim, mas eu quero, e como quero...
Você pode dizer que não e negar seu corpo queima quando chega perto do meu. Você pode dizer que tudo não passou de uma aventura e que sua boca não implora pelos lábios meus. Você pode dizer a si mesmo que não, e se convencer dessa mentira, mas quando vê, sou eu sua recordação. Não estou pedindo que me chames ou que faça de mim sua mulher, nosso destino está traçado, escrito e gravado, não tem mais volta. Você não foge ao teu, nem eu ao meu, nossa vida segue estradas paralelas. Eu disse que podia e corria o risco de me apaixonar por não saber lidar com essa situação tão nova pra mim. Depois menti dizendo que estava dando conta de discernir as coisas. Mas não se preocupe, sei guardar segredos da minha vida, sou perita nisso. Jamais seria capaz de prejudicar sua vida, ou a minha...
As pessoas são livres; e se seguisse o ditado a risca, poderia afirmar que te conquistei.
...Se voltarem foi porque as conquistei, mas se não voltarem foi porque nunca as tive...
E você voltou... Várias vezes...
Sei que não pede que eu fique, pois sabe que não fico.
Você foi o que de mais gostoso me aconteceu em vários anos, e despertou em mim desejos de voar mais alto, de querer mais. Fazendo-me sentir coisas que não havia sentido antes. E não estou pedindo que me ame, nem que deixe a sua vida por mim.
To pedindo que me invada, que me beije, que me possua, que me use e abuse-me. Porque nosso tempo está se acabando, e tem tanto que eu queria fazer com você...
Se foi nos dada a oportunidade de sermos um, porque então somos dois?
Espero que não fique receoso a meu respeito nem que fuja de mim, acho que me conhece o suficiente pra saber que não vamos passar disso.
Beijo daqueles que uh....
Saudade, muita saudade!!!!!!!!!!!!!!!
Eternamente.


Alessandra Carvalho
07/08/2010

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Instantes

Mônica esperava esse momento desde que o conheceu; e estava certa que era tudo que queria embora as condições fossem desfavoráveis.
Lá estava ela ansiosa na porta a esperá-lo...
Edu parou o carro e sem cerimônia Mônica foi entrando, temendo ser notada por algum conhecido. Se entre olharam tímida e fixamente como quem precisasse mapear detalhes um do outro, ou gravar pra sempre na memória...
Iniciaram ali uma conversa amistosa, e a cada gesto de Edu, Mônica sentia seu corpo estremecer; como se ele fosse a agarrar a qualquer momento, e ela adorava essa sensação. De repente a conversa cessou por olhares; olhares de desejo, vontade... Os corpos estavam conversando... Edu então acariciou a sua face sem perceber o medo que a envolvia, e enquanto ela sentia a suavidade desse toque, Edu a beijou. A princípio de leve, contido, esperando resposta e teve quando Monica envolveu seus braços no corpo de Edu com desejo de anos guardado, contido, censurado. Um beijo que de tão fugas os fizeram gemer... Aquele beijo era sim, tudo que Mônica queria, desejava e ansiava há muito tempo.
Envolvida naquele ardente momento, não percebeu as mãos de Edu invadir seu corpo. Quando deu pó si, era tarde par pedir pra parar! Ela já estava entregue; as mãos de Edu eram precisas e faziam Mônica delirar de prazer. Edu a tocou inteira,e apertou, beijou, e a fez sentir muito prazer em estar ali...
Mesmo dentro do carro, parecia que o mundo lhes pertencia. Edu se virou sobre Mônica e sem a pedir a invadiu e tomou seu corpo com uma pressão mágica. Mônica sentia o corpo de Edu sobre ela e sentia dentro de o único lugar onde deveria estar era ali mesmo, sentindo Edu dentro dela; e com movimentos cada vez mais rápidos, Edu sente-se realizado de tanto prazer. Ofegante, ele deitou sobre ela e a agradeceu por fazê-lo tão feliz e permaneceu ali se perguntando o que havia nela de tão especial que o deixava louco de tesão... Entre beijos e abraços se curtiram por mais um tempo ali deitados sobre o banco do nada espaçoso carro. Mas pra Mônica isso não importava, em qualquer lugar, desde com Edu, ela se sentiria no céu. E sabia que sempre poderia contar com ele, com seus beijos e com seus carinhos. Quando acordou Mônica não sabia ao certo o que havia sido real, mas sentia em seu corpo, marcas da noite que passou sonhando...


Alessandra José de Carvalho
Paracatu,11 de Agosto de 2010

segunda-feira, 31 de maio de 2010

ACASO DO DESTINO

Gisele era uma moça de seus vinte e nove anos que gostava de escrever, ler e ouvir música. Não tinha muitos amigos, mas lhe bastavam os que tinham. Morava com os pais e levava uma vida sossegada, meio sem emoção. Namorava Rodrigo de seus trinta e poucos anos a muito tempo e eram extremamente opostos um ao outro, mas ela ia levando a vida jurando amor incondicional a ele. Rodrigo a amava e ela sabia disso, mas sentia que faltava nele a empolgação do começo, era quase um amor de costume.
Fato é que a vida começou a mudar quando por acaso, foi apresentada informalmente a um amigo de um amigo, por MSN ainda. Gisele que não fazia fita em conhecer gente nova, foi logo largando a timidez de lado e conversando horas com o novo amigo, Sérgio, trinta e poucos anos, namorando, aventureiro e extremamente moralista! Ele era realmente oposto a Rodrigo. A primeira conversa foi tímida, mas longa o bastante pra que Gisele descobrisse que conhecia de vista o Sérgio, e que em determinada vez, há anos atrás, ele a maltratara sem sequer a conhecer. Ao descobrir o fato, fez uma varrida na vida do moço até se certificar que era mesmo o cara das ofensas. Não pensou duas vezes antes de chingar Sérgio, que sem entender do que se tratava tanta agressividade, somente pedia desculpas. Passado o estresse inicial de Gisele ele especulou sobre o assunto, disse não se lembrar de ser ele e novamente pediu desculpas. Gisele apesar de ainda ter mágoa do fato, perdoou Sérgio. Depois desse fato, a conversa foi ficando boa, e dia após dia melhor...
Cada um ia seguindo sua vida entre encontros casuais sempre no MSN . Gisele era preocupada, e dedicada. Como Sérgio havia sofrido um acidente três meses antes de conhecê-la, vivia acamado, em repouso absoluto. E foi por esse motivo que eles foram apresentados. Embora ele vivesse na expectativa que o médico o liberasse pra caminhar, esse dia parecia não vir nunca. Enquanto isso, Sérgio e Gisele iam se falando dia a dia, e sempre trocando experiências e vivências. Dois meses após o primeiro contato deles, eis que o médico libera Sérgio a caminhar pouco e devagar, pela Casa e com apóio de uma muleta. Tão feliz Sérgio ficou que após comemorar com a família e a namorada, sua liberdade, ainda se sentia muito feliz e exultante, mas naquele momento, todos já dormiam. Ele foi então se aliviar conversando com sua nova turma de amigos virtuais. E qual não foi sua surpresa quando sentiu a felicidade de Gisele pela sua conquista! Ele tinha encontrado a pessoa certa para dividir essa alegria, mas Gisele não deixou que ele fosse ao seu encontro alegando um monte de desculpas, o que Sérgio não sabia era que ela queria mesmo poder dividir isso com ele, mas tinha medo que parecesse uma traição a Rodrigo. Então pediu que ele ligasse. Quando o telefone de Gisele tocou, ela sentiu o coração parar, mas delicadamente atendeu ao telefone, e conversaram por cerca de uma hora até que Sérgio a convencesse que uma conversa não tem nada haver, que se ela era acostumada a receber os amigos em casa, o que as pessoas poderiam dizer? E então ele foi ao seu encontro... Ao chegar, Gisele o esperava na porta com o coração palpitando e com todas as emoções se misturando dentro dela. E ele era um charme, cheiroso e era ainda mais simpático e atraente do que imaginara. Um abraço, um beijo no rosto, e uma conversa que de tão boa varou a noite, dada hora, Gisele se pegou olhando pra Sérgio com olhos perdidos de desejo, se perguntando por que, mas logo tratou de prestar atenção ao que ouvia e que nem sabia do que se tratava. No fundo sabia que não teria a mínima chance com ele. Quando deram por si, o sol já ofuscava no horizonte. Outro abraço, mais um beijo e um adeus sem vontade de partir. Nessa noite Gisele teve sonhos eróticos com Sérgio.
No dia seguinte, ambos tinham a impressão de que a noite anterior não existiu, de tão sutil e gostosa a companhia do outro. O dia passou lento, mas eles não sentiram.
À noite como de costume, Gisele entrou mais uma vez em sua página e postou uma frase em homenagem a ele. Que mais tarde, foi agradecida por Sérgio, que já não mais queria escrever, mas sim falar, e dada à permissão, lá foram eles pro telefone, e de novo se falaram muito... Até ele tocar nas conversas da noite anterior, falaram sobre o assunto meio que tentando descobrir o que aconteceu e o que era pra ter ou não acontecido, Gisele sentia calafrios e suas sensações se misturavam as dele e se fundiam, dava pra sentir o cheiro do desejo no ar. Gisele estava pirando de pensar na possibilidade, mas isso a excitava bastante. Sem encontrar um culpado certo, eles deixam claras as intenções de ambos e Gisele num súbito instinto, permitiu a ida de Sérgio a sua casa, para sentirem se o que fluiu quase sem querer na noite anterior, era mesmo de verdade. Ao desligar o telefone e se dar conta do que fez, Gisele perdeu o norte. Logo que o viu, mal o cumprimentou, mandou que fosse embora. Gisele tinha mãos frias, e um medo que não estava cabendo dentro dela. Você é louco! Fica calma, foi o que disse Sérgio pegando em suas mãos, e então disse que se ela realmente quisesse que ele fosse embora, ele iria, mas a resposta foi um silêncio profundo. Gisele tinha brilho no olhar. Sérgio teve então a afirmação que esperava, passando a mão pelo rosto de Gisele, como quem quer acalmar a puxou e arderam num beijo sem fim, foi uma mistura de sensações no coração e no corpo de Gisele. Foram vários beijos, várias sensações, e um medo que deixava tudo mais excitante. Despediram-se antes que perdessem de vez a razão. Sérgio na queria partir. Ao entrar em casa Gisele não sabia o que sentia, mas era bom. Custou a dormir e teve a sensação de ter tido um pedaço de paraíso. O outro dia foi como flutuar, mas aos poucos os pés foram descendo e tocando o chão. Gisele viu então a sua realidade e tudo que tinha feito, e não gostara muito do que fez, mas tinha vivo na memória cada toque, cada beijo. Decidiu não revelar a história a ninguém. Continuaram se falando como se aquela noite nunca houvesse existido. Passado uma semana do fato eis que Gisele resolve comemorar sozinha o fato e posta outra mensagem na sua página, e era a brecha que Sérgio precisava; ele sabia que aquela frase era pra ele e sem pedir, desta vez, ligou pegando Gisele sem saber o que dizer. Quando ela o atendeu, ele já foi logo dizendo: Como hoje é dia de comemorar, quero te ver! Aliás, eu queria isso desde o outro dia. Ela suava frio a cada palavra dita por Sérgio, mas não deixava de sentir uma sensação muito agradável ao ouvir a sua voz. Indo contra tudo que estava sentindo, recusou o convite, pois sabia que se acontecesse de novo, poderia não ceder às vontades de seu corpo, Sérgio então insistiu, seu corpo dizia sim, mas sua cabeça dizia que não, por que não era justo com Rodrigo. Devido a insistência de Sérgio ela pediu que fosse no outro dia, pois se sentia indisposta. No outro dia, nem perto do computador Gisele passou, e ao telefone não atendeu e deu ordens expressas pra que não dissessem que ela estava em casa. Como das artimanhas do destino ninguém escapa, ouve-se alguém bater de súbito no portão, batidas leves num horário incomum, mas que Sérgio saberia que Gisele estaria acordada. Foi então ao portão crendo ser batidas de Rodrigo, e ao abrir, foi surpreendida por um beijo que ela já sabia a quem pertencia, e o quanto gostara, e o quanto sentiu vontade de senti-lo de novo.
Naquele momento, eles não se importaram quem estava vendo, apenas seguiam as ordens dos seus corações que batiam no mesmo compasso. Sem precisar dizer nada, eles sabiam exatamente o que fazer. Como umas danças coreografadas aos mínimos detalhes foram se beijando, e se entregando sem querer entender nada. E foi maravilhoso se completarem daquela forma.
Depois desse dia outros dias vieram, eles continuam juntos, mas separados, se encontram sempre na calada da noite e sem prejudicar a Rodrigo e a namorada de Sérgio. E até hoje é maravilhoso, eles sentem que se pertencem, mas nunca foram um do outro por completo.


Paracatu, 28 de abril de 2010
Por Alessandra Carvalho

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Amor Que Não Tem Fim... Parte I


Daniel era casado, pai de três filhos, com casamento sólido, estabilidade financeira, e coração ameno; pois pensava já ter vivido tudo que o amor pode proporcionar a um homem, e que definitivamente, apesar de não terem mais o fogo de antes, era Ingrid a mulher da vida dele... Casado há doze anos com ela, via nela mãe dedicada e esposa fiel. Daniel vivia sem pensar muito em si próprio, levantava, trabalhava, era participativo na vida escolar dos filhos, pois era pra eles que Daniel vivia,trabalhava e respirava.
Certo dia, enquanto levava o seu filho ao cirurgião dentista, viu um casal num chamego muito bom no meio da rua e se pegou perguntando se ainda amava Ingrid como no começo, mas logo abandonou esse pensamento alegando pra si mesmo que era coisa do tempo. Já no consultório, algumas pessoas esperavam ansiosos por sua vez... E como em toda sala de espera, havia conversas paralelas que ele não distinguia umas das outras, quando alguém ao seu lado lhe chamou a atenção e ao olhar, sentiu um descompasso no coração, algo além de tudo que ele já sentira na vida! Então eles começaram a conversar sobre coisas corriqueiras, e o assunto foi desenvolvendo e foi se descobrindo ali uma sucessão de afinidades, e ele olhava cada detalhe dela com minuciosa atenção, foi aí que seu filho chegou. Fim da seção. Uma despedida informal pra nunca mais, pensou ele.
Mas ao retornar pra casa, Daniel já não era mais a mesma pessoa, e trazia consigo um notável brilho no olhar, que aos olhos cansados de Ingrid, passaram despercebidos, e nesse mesmo dia, ele se pegou lembrando feições daquela adorável desconhecida.
Os dias passaram levando com eles o brilho do olhar de Daniel. E se passaram vários dias, até que aquela história caísse realmente no esquecimento. Certo dia, Daniel, prestativo como sempre, saiu com Ingrid para fazer compras, e ele fazia isso todos os meses e não tinha a menor noção do que era compro, ou os gostos de Ingrid, tudo ia bem, até que ligaram do serviço de Ingrid e ela teve que sair às pressas para atender um cliente em potencial. Saiu Dalí deixando Daniel com uma enorme lista nas mãos, e se sentindo perdido na selva. Ele sem saber o que fazer, ficou certo tempo vagando entre as gôndolas do supermercado pensando por onde começar, em dado momento notou que alguém o olhava insistentemente, e ao vira-se, eis que ele sentiu de novo o coração sair pela boca de emoção, era ela, e ele nem sabia seu nome! Cumprimentaram-se com sorrisos amarelos, e ela perguntou se ele precisava de ajuda, pois parecia perdido. A partir dalí, fazer compras ficou muito gostoso, e de novo perderam a noção do tempo ao final da compra, ele já sabia tudo que precisava saber sobre ela, e agora ele a achava mais linda e encantadora que antes, mas a Líviah, esse era o nome dela... Era uma mulher casada, esposa devotada e mãe de dois filhos, e mesmo assim ele resolveu trocar telefone com ela. Sorrisos vergonhosos na despedida e uma sensação de algo perdido na volta pra casa. Ainda na porta de casa, ele ficou horas olhando para o telefone a espera sabe-se lá de que! O dia seguinte foi muito longo, e o outro maior ainda, ele sentia falta de algo que ele não tinha em casa e que sem saber ao certo o que era apenas sentia falta! A semana seguinte passou pesada.... Depois de uma noite mal dormida, ele chegou à conclusão de que precisava ver a Líviah pra acalmar seu coração, ele sabia que era dela que ele sentia falta, mas não queria admitir em respeito a Ingrid e aos filhos, mas a vontade de vê-la era grande demais, então ele não conteve o impulso de ligar, e por incrível que pareça, ela também queria vê-lo muito. Marcaram num café simples, aconchegante e discreto. No dia e hora marcada, lá estavam eles feito adolescentes, mãos suando e calafrios pelo corpo, uma sensação jamais sentida por ambos, mas que era bom e os deixava fora do ar. Começaram no café e terminaram no sétimo céu. Dalí por diante foram cafés, lanchonetes, restaurantes, chás, sorveterias, motéis e até viagens.
E tudo era lindo, e junto eles perdiam a noção do tempo. Cada encontro era melhor que o outro, e dentro de casa Ingrid, sempre tão atarefada, nem percebia seu casamento se afundando.
Passado quase um ano desde o café, Daniel não agüentava mais um minuto longe de Líviah, que sentia seu mundo despedaçar! Decidiram então darem um tempo para que pudessem se separar, e permanecerem juntos para sempre. A distancia foi dura, mas necessária entre eles, pois se amavam mais que tudo na vida e queriam ficar juntos de verdade.
Em casa, Daniel abriu o jogo com Ingrid e disse que não dava mais pra ficarem juntos, e como toda separação, foi doloroso pra ambos, mas foi feito com dignidade segundo ele. Ingrid estava amparada, agora é correr para os braços de Líviah e morrer de amor, de felicidade, pois acabara de descobrir que toda a vida ele a esperou e agora o momento seria apenas deles, sem terem que se preocupar com o mundo. No dia e hora marcada, lá estava Daniel a esperar pela amada, ansioso, sentia tudo e nada ao mesmo tempo. Quando Líviah chegou, ele mal viu a hora em a pegou no colo, carregou para o quarto da nova casa e fizeram o amor mais gostoso de toda vida... Ele se sentiu jovem de novo, amar faz muito bem ao corpo e a alma. Fitando-a nos olhos, a viu levantar e vestir-se correndo, como quem tem mesmo que correr, foi então que ele viu em sua mão que ela ainda usava aliança. Sentiu seu coração congelar de medo, mas era real, pois ela por impulso olhou para a mão e começou a dizer que não podia fazer isso, que era loucura, que seu marido a amava, que ela devia fidelidade a ele e que não podia fazer isso com ele, pois era o pai dos filhos dela. Virou as costas e saiu deixando Daniel com olhos rasos em lágrimas. Nem fôlego para gritar ele teve. E assim permaneceu as horas seguintes pensando nas juras de amor que fizeram, em onde foi parar a coragem que ela tinha no último encontro, e se ela diz amá-lo tanto assim, porque ficar com o marido se não o ama? Ficou se questionando e chorando até dormir! Atrás ele foi uma, duas três, vezes, insistiu, persistiu, mas ela não voltou atrás.
E assim passaram- se dias, semanas, meses e dez anos até então. Hoje Daniel continua sentindo o mesmo sentimento de antes, o mesmo calor, a mesma doçura e afeição. Mas nunca mais se abriu ao amor, se relacionou com outras mulheres, mas sem interesse, não se permitiu amar ou ser amado, sempre que via que estava havendo envolvimento encerrava as relações. Hoje Não tem mantido contato com ela, mas tem seu endereço, e amigos em comum dizem que ela liga querendo saber da vida dele e diz que o ama mais que tudo na vida e que também sente ainda as mesmas coisas como sentia antes, que qualquer hora dessa larga tudo e vem atrás dele. E sem entender o porquê dela agir assim, se muniu de toda coragem do mundo e resolveu fazer o que devia ter sido feito há dez anos. Vai correr atrás de se amor, pois nunca é tarde se a recíproca é verdadeira. Ele vai sair em busca dela e a trazer de volta pro lugar de onde ela nunca devia ter saído... Seus braços.
Paracatu, 28 de Abril de 2010